quarta-feira, 2 de maio de 2007

resumo do livro do professor 1.1 e 1.2

1.1 - Entendendo os americanos...
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Muitos pesquisadores acreditam que há mais de 40 mil anos, seres humanos saíram do Norte da China e chegaram à América passando pelo estreito que liga a Rússia ao Alasca. Por isso, os filhos desses primeiros asiáticos exploradores podem ser considerados os primeiros americanos de verdade.
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Há milhares de anos, esses primeiros americanos se espalharam pela América. Várias culturas se formaram. Nas terras congeladas ao norte do planeta surgiram os esquimós; na América Central surgiram grandes cidades governadas pelos maias; onde hoje é o Peru surgiu um grande império comandado pelo povo inca; nas florestas da América do Sul surgiram grandes nações de índios. Uma dessas nações nós chamamos Jê, e a outra, Tupi.
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A família Tupi e a família Jê possuíam milhares de tribos, e cada uma possuía um nome diferente. Ao chegar ao Brasil, em 1500, os portugueses encontraram os tupis em Porto Seguro. Os tupis tinham expulsado os botocudos (Jê) para o Interior. Apenas dois séculos depois os botocudos conseguiram voltar para as terras ao norte do Espírito Santo. Podemos perceber, que os índios resistiram com muita coragem o português. A diferença toda é que os portugueses trouxeram armas poderosas que os índios não conseguiam vencer e doenças que suas ervas e raízes não podiam curar.
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1.2 - São Mateus e os Primeiros Habitantes
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Quando os primeiros portugueses fundaram o povoado de São Mateus, seus vizinhos eram os índios tupis. Quatorze anos depois, portugueses e tupis se enfrentaram pela posse da terra. Séculos mais tarde, os vizinhos foram outros, os botocudos. Começaremos a falar dos tupis, pois eles habitavam as terras do Cricaré quando São Mateus surgiu.
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Os índios tupis conseguiram desenvolver o plantio da mandioca, e dela faziam vários alimentos. Plantar era uma vantagem, assim não ficavam dependentes somente do que podiam caçar ou pescar. Por isso, só saíam de um lugar quando as plantas começavam a produzir menos, devido ao esgotamento dos nutrientes do solo. Eles eram seminômades.
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Na aldeia tupi, existiam grandes malocas. Todas as malocas eram construídas em torno de um grande pátio, onde aconteciam as festas, as cerimônias religiosas, as reuniões para decidir algum assunto de interesse da tribo e muitas outras atividades. Nas malocas, as famílias viviam reunidas e dormiam em redes de algodão. As fogueiras eram usadas para cozinhar os alimentos e à noite serviam para aquecer do frio, espantar insetos e animais da floresta.
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Os homens acordavam cedo para caçar em grupo. Na floresta, faziam armadilhas, tinham uma mira especial com arco, para pegar animais em cima das árvores, e ainda imitavam o som dos bichos para que fossem atraídos e pegos. Não matavam por prazer ou raiva, sempre para a alimentação. Depois da caça, os homens voltavam para a aldeia com comida suficiente para toda a tribo, sem desperdício. Respeitavam a natureza.
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As mulheres eram muito trabalhadoras e respeitadas. Cuidavam da casa, das crianças, preparavam a caça, juntas cozinhavam para toda a tribo e faziam roupas e utensílios para o dia-a-dia. Entre os tupis, elas eram também encarregadas de cuidar do cultivo da roça de mandioca. Os índios não batiam nas crianças.
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Eles conheciam uma quantidade enorme de plantas e ervas para curar várias doenças. Todos respeitavam muito o cacique, pois ele era o chefe guerreiro, e também o pajé, que era o homem que fazia contato com o mundo dos espíritos. A religião era ligada às forças da natureza: acreditavam em um deus, que os tupis chamavam de Tupã. Na sociedade indígena não existia pobreza, pois, entre os índios, tudo era dividido igualmente.
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Todos os meninos eram preparados para a guerra. Na guerra dos índios eram usados o arco, a flecha e o tacape. Mesmo assim, o objetivo não era matar, mas capturar o inimigo. Guerreiros corajosos que fossem capturados eram comidos, pois acreditavam que a coragem dos guerreiros capturados passaria para quem comesse um pedaço da carne do morto.
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Podemos encontrar várias provas do passado dos tupis em São Mateus. De tempos em tempos são encontrados restos de vasos de cerâmica em locais diferentes da cidade, pois os tupis eram ótimos artesãos do barro. Também várias urnas funerárias já foram encontradas, algumas vezes com conchas ou objetos pessoais. Essas descobertas são importantes, pois esclarece mais sobre a vida dos tupis antigos. Pesquisadores já conseguiram provar que alguns dos objetos tupis encontrados em São Mateus são de quase cinco mil anos atrás.
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No século 17, a região do Cricaré ficou livre para que os botocudos pudessem voltar para o litoral. Os tupis abandonaram a região de São Mateus, devido principalmente às doenças que os portugueses traziam. Muitas tribos desapareceram em razão dessa contaminação. Ainda no século 17, percebendo que seu povo estava diminuindo, através desse novo tipo de guerra dos portugueses, os tupis que restaram preferiram deixar o Norte do Espírito Santo.
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Com a região praticamente desabitada, os índios botocudos, que estavam no Interior, ocuparam as florestas do norte até o litoral. Os botocudos não tinham o hábito de plantar; alimentavam-se da coleta de frutos e vegetais, da caça e da pesca. Eles eram nômades. Eram ótimos construtores de canoas. Eles viviam em acampamentos que rapidamente poderiam ser desmontados e remontados em outro local.
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Durante séculos, os viajantes que precisavam passar pelo Norte do Espírito Santo usavam estratégias, ou até mesmo índios aculturados. A história de Linhares, por exemplo, começou com um destacamento militar para proteção contra os índios, que logo foi destruído por eles. Somente no século 19 um pequeno grupo de colonos fundou Linhares.
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Os botocudos usavam círculos de madeira nas orelhas e nos lábios, chamados de botoque, derivando daí o nome botocudos. Durante muitos séculos, a região Norte do Espírito Santo foi considerada área desconhecida pelos portugueses, pois os botocudos matavam os portugueses que vissem.
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Os índios botocudos eram tão temidos pelos portugueses que o imperador Dom Pedro II proibiu o massacre de índios em todo o Brasil. Com uma exceção: os botocudos do Norte do Espírito Santo deveriam ser dominados para a colonização dessas terras.
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Vários desses objetos antigos de índios podem ser vistos no Museu de São Mateus, Por isso, quanto mais investimento em pesquisas arqueológicas, mais artefatos antigos podem ser encontrados, descobrindo-se novos dados sobre os antigos habitantes da região do Cricaré.
Por
Esdras e Rodrigo
V04

Um comentário:

Unknown disse...

Meus caros,

Não aceito cópia. Vejam a nota no meu blog em "Notas de Alunos na web"